quinta-feira, 14 de abril de 2016

Os Jovens e Seus Conflitos



         

    O mundo de hoje é mais rápido, é mais tecnológico, é digital, já não sabemos da vida da vizinha batendo um papo na janela, as informações vem através principalmente do Facebook e Whatsapp mesmo. Os jovens de hoje abrem o Windows e vão direto para as redes sociais. Apesar de muitas mudanças, há coisas na vida do jovem de hoje em dia que são como sempre foram e sempre serão.       
   É na juventude que descobrimos o mundo, buscamos construir a nossa identidade, quem somos e aprendemos com as experiências da vida, e vivemos aquilo que quando formos mais velhos deverá ser a fonte da nossa sabedoria.

   Estamos vivendo um período de relações sociais líquidas, cujo centro difusor são as redes sociais. Um impacto imediato desse cenário é a forma como se comportam os jovens de hoje diante dos mas banais conflitos do dia a dia, cenas de gritaria, estresse negativo, ofensas, crises de depressão e até mesmo choro fazem parte hoje, da forma como os jovens tentam enfrentar seus problemas, demonstrando nitidamente seu despreparo para a vida.


   Valendo lembrar que a vida de todo e qualquer ser humano é baseado em escolhas e consequências. Portanto criar filhos tentando protegê-los dos conflitos que os cercam sempre teve e sempre terá o "efeito proporcionalmente inverso" permita ao seu filho crescer e amadurecer para que ele não lhe faça sofrer.



domingo, 10 de abril de 2016

Os Perigos do Andador Infantil


         Durante muitos anos pontuei para as famílias sobre Os Perigos do Andador Infantil e sempre encontrei muita resistência de algumas para deixar de utilizar o brinquedo, pois o mesmo era muito popular nas décadas passadas e em muitos casos era visto como um recurso necessário para deixar a criança em "movimento" enquanto seus pais faziam outras tarefas e ao mesmo tempo as crianças iriam se divertir, ou seja tornava-se uma ferramenta útil na contra mão do sentimento de culpa por deixar o seu filho sozinho para realizar atividades domésticas, de trabalho ou até mesmo se divertir.
           Porém ele foi condenado pela Academia Americana de Pediatria em 2001 e proibido no Brasil em 2014. Por conta de um levantamento feito pelo Inmetro com produtos infantis constatando que um em cada dez acidentes entre 2006 e 2013 foram decorrentes do aparelho. Desses dados foi feita uma matéria jornalística a respeito: Fantástico: Inmetro Reprova Andadores Infantis em Julho de 2014 o que deu sustentabilidade a minha fala diante das famílias, valendo lembrar que o uso dos mesmos nunca foi autorizado em minha instituição, pelos fatores abaixo relacionados;

-Risco de queda por um tropeço da criança que irá projetar sua cabeça direto ao chão.
A pesquisadora sueca Ingrid Emanuelson pesquisou as internações por traumatismo craniano leve de crianças de 0 a 4 anos e constatou que acidentes com o andador eram sem dúvida o principal motivo para hospitalização, seguido por quedas no playground.
-Risco de queda em altura como escadas.
Nos Estados Unidos foram registradas 34 mortes de 1973 a 1998 causadas pelo equipamento, no Brasil não há controle acerca disso. (novidade!!!) 
-O andador atrasa o desenvolvimento psicomotor da criança.
Ainda que não muito bebês que utilizam andadores levam mais tempo para ficar de pé e caminhar sem apoio. Além disso, engatinham menos e têm escores inferiores nos testes de desenvolvimento.
-O exercício físico é muito prejudicado pelo uso do andador.
Apesar de conferir mais mobilidade e velocidade, a criança precisa despender menos energia com ele do que tentando alcançar o que lhe interessa com seus próprios braços e pernas.

Poderia enumerar vários outros fatores de risco mas vou finalizar a relação com um exemplo bem simples: Colocar um bebê de menos de um ano num verdadeiro veículo que pode atingir a velocidade de até 1 m/s equivale a entregar a chave do carro a um menino de dez anos.

Não se pode dizer que o andador torna mais fácil cuidar da criança, pois isso revela preguiça, desinteresse ou falta de disponibilidade do cuidador. Um dos maiores fatores de risco para traumas em crianças é dar independência demais numa fase em que ela ainda não tem a mínima noção de perigo. Caso o adulto realmente não tenha condições de ficar o tempo todo ao lado do bebê, é muito mais seguro colocá-lo num cercado com brinquedos apropriados a sua faixa etária do que num andador. Propiciando um ambiente protetor, com dispositivos de segurança, como grades ou redes nas janelas; estas são medidas de proteção passiva, muito mais efetiva. O andador definitivamente não se enquadra neste esquema.