Por que rosa é cor de menina e azul de menino?

O padrão social pré estabelecido, em relação a escolha das cores Azul para meninos e Rosa para meninas, nada tem a ver com biologia ou psicologia, e sim com marketing. Até mais ou menos o fim do século 19, tintura de tecido era muito cara, então os pais não se preocupavam com isso. A definição das cores “certas” para cada gênero surgiu só no início do século 20. E para grande surpresa da maioria era o "inverso" da atual! Um catálogo de roupas dos EUA de 1918 dizia que "o rosa, por ser mais forte, era adequado aos garotos". "E o azul, por ser delicado, às garotas"! Foi só entre 1920 e 1950 que as lojas começaram a sugerir azul para eles e rosa para elas, como forma de agitar as vendas.

 Os significados das cores vão variando de uma cultura para outra. No jargão popular "Amarelar" tem como definição acovardar-se, mas, em países como a China, Egito e até as civilizações Maia, Asteca e Inca, adoravam essa cor como sendo ligada a felicidade, a nobreza e até a divindade.  

  Portanto, não existe raízes ancestrais que justifiquem tais preferências. Não há na literatura científica nada que comprove a genética como fato gerador das escolhas, existe sim, estudos que comprovam a preferência das crianças de 2 anos por cores intensas, como vermelho e azul, e não as cores suaves e pastel.

   Existe uma imposição social, que tem sido reforçada desde então. Porém se faz necessário afirmar que “A afinidade com alguma cor não determina personalidade ou sexualidade”, segundo minha experiência profissional ao longo de mais de 13 anos dedicados ao educar crianças de 4 meses a 4 anos, e ter vivências com as famílias e os jovens, além dos renomados acadêmicos da Psicanalise e Psiquiatria. 

História da psicologia das cores
Os primeiros estudos tiveram inicio em 1666, quando Isaac Newton descobriu que a luz branca, ao passar por um prisma, separava-se em diversas cores. Mais tarde descobriu-se que a mistura e suas combinações resultavam em outros tons: o amarelo é a combinação do vermelho e do verde, por exemplo.

Porém, foi o alemão Johann Wolfgang Von Goethe que criou a “Teoria da Cor” como a conhecemos. Segundo o cientista, a cor não depende somente da luz e do ambiente, mas também da percepção que temos do objeto.
A identificação dos tons é subjetivo, porém os efeitos das cores são universais. As cores quentes como o vermelho, amarelo e o laranja são dinâmicas e estimulantes. Já as cores frias (azul, roxo e verde) possuem propriedade calmante, são suaves e estáticas.